Dez Vestidos que Mudaram o Mundo
Após o período da II Guerra Mundial, em
que a Europa esteva afundada num clima de tensão e crise e a Moda se
manteve discreta e modesta, surge o New Look, em 1947, para acabar com o
momento de ruínas anterior. Trazendo de volta o otimismo, a mulher
francesa volta a ser feminina, versátil e esperançosa. O luxo desse
modismo de Dior e a cintura definida junto à saia rodada marcou o
momento em que a Moda se recupera e a França retoma seu lugar no mundo
fashion.
Rosa – Shocking
Elsa Schiaparelli, marcou época por seu
experimentalismo conceitual, que sempre se aliou ao mundo da Arte para
criações exorbitantes, de diversas formas, bordados, cores brilhantes e
berrantes, florais, e a cor que foi seu marco: o rosa – shocking. O
vestido rosa-shocking representava muito o espírito Elsa, era uma cor
que traduzia a expressão feminina do momento. E o vestido Rosa-Shocking
(1947) é um ícone nesse sentido, o nome Shocking vem do primeiro perfume
da estilista, que depois foi atribuído a cor, muito presente em seus
trabalhos.
Marilyn Monroe em Pecado Mora ao Lado
O vestido de William Travella marcou a
história do cinema e é um marco cultural do século XX. A clássica cena
de 1955, em que o ícone cinematográfico tem seu vestido levantado pelo
vento que vem do respiradouro no chão não é marcante apenas pelo fato de
ter uma grande estrela como protagonista, mas também pela sensualidade
ousada pra época, e o vestido cria vida própria quando voa e revela
(mais ainda) as curvas do sex simbol da época. Indo contra a moralidade e
o conservadorismo daquele tempo, Marilyn e a criação de Travella dão
show e constroem um momento de celebração a beleza e a sexualidade.
Pretinho Básico de Bonequinha de Luxo
Chanel foi a precursora no quesito
Pretinho Básico, mas foi Hubert de Givenchy que popularizou e
transformou a peça no must-have dos guarda-roupas femininos até os dias
de hoje. Tudo isso graças ao modelo desenvolvido para Audrey Hepburn no
filme Bonequinha de Luxo (Breakfest at Tiffany’s) de 1961. A figura
delicada de Audrey ganhou força, versatilidade e sofisticação quando
vestiu o modelito de Givenchy, e essa imagem foi um marco fashion jamais
esquecido.
Vestido Mondrian
Piet Mondrian (1872-1944) foi um dos
maiores artistas do movimento do Neoplasticismo, com suas artes
abstratas e geométricas, e inspirado em sua principal obra, Yves Saint
Laurent, em 1965) traduziu essas formas e cores do quadro em um vestido
que abstrai as formas do corpo humano e sintetiza o design geométrico em
forma de vestido. Essa peca abre a discussão do que é Moda e do que é
Arte, uma questão até hoje não respondida.
Mini Vestido
No Pós Guerra inglês, as cidades
continuavam cinzas, e o Mood continuava de pessimismo, enquanto na
juventude brotava um desejo de irreverência, cores fortes, contornos
moderno. Traduzindo esse inconsciente coletivo em uma peça jovial e
original, Mary Quant, em 1965 desperta uma nova era para a Moda: chega a
vez dos micro comprimentos. Com a criação do vestido mini a mulher
passa a poder se revelar como nunca tinha feito antes, e de maneira
acessível, uma vez que esses vestidos foram produzidos em massa e também
era possível encurtar a barra dos vestidos antigos em casa. Começa um
momento de sensualidade fresh.
Envelope
Depois do movimento Feminista e da
conquista da mulher por vários direitos na sociedade, o desejo feminino
passa a ser por praticidade, uma vez que agora a mulher sai as ruas,
trabalha, vota, essa mulher agora é objetiva e precisa de algo simples,
confortável, fácil de usar. Eis que Diane von Fürstenberg, em 1973, cria
o vestido envelope, que com sua incrível facilidade em tirar e por e
com todas as características citadas anteriormente como fundamentais
para a mulher da época, e a deixa mais confiante, feminina e ousada.
De malha listrado
O casal Ottavio e Rosita Missoni, em
1974, reinventam a malha com uma padronagem colorida de listrado
zigue-zague, em shapes confortáveis e simples, que expressa
perfeitamente o espírito despojado e casual que vinha se estabelecendo
naquele período.
Bandage
Em 1989, cansado dos exageros e estilo
largado dos anos 80, Hérve Léger reinventa o mulher sensual, criando o
vestido Bandage, que era feito de lycra e tecidos ricos em Spandex, para
modelar e ressaltar as curvas femininas. Feito inicialmente com tiras
recicladas de pano costuradas na horizontal e em alguns lugares com
“bandagens”a mais para exaltar curvas do quadris e seios. Considerado um
vestido sexy e de luxo, rapidamente foi aderido pelo público, e trouxe a
discussão se aquele tipo de vestido deforma a corpo, por apertar e
modelar, ou se era uma excelente celebração das curvas do corpo da
mulher.
Vestido de Led
Performático e louco por tecnologia, o
conceitual Hussein Chalayan em uma de suas criações de vanguarda cria,
2007, um vestido com cristais Swarovski e mais de 15 mil leds
cintilantes, representando uma coleção sobre o ciclo da vida, usando
novas tecnologias e prevendo a onda digital que mundo começava a viver.
Fonte:
Livro Cinquenta Vestidos que Mudaram o Mundo, Design Museum, Ed. Autêntica.
http://closetonline.com.br/tag/diane-von-furstenberg
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